28 de janeiro de 2009

Dá um bitoca no meu nariz

Bob (Roberta, para os não íntimos), eu também já fui, muitas vezes, chamada de a “Dani dos cachinhos”. Foi até numa dessas oportunidades que decidi jamais a fazer uma chapinha sequer. Mas essa história fica pra outro dia.

O fato é que ser conhecida pela “a dos cachinhos” não é nada quando comparado aos apelidos que já tive. E sim, vou escancarar tudo aqui e assim mesmo, logo de cara, no começo mesmo dessa minha experiência de exposição capilar.

Minha irmã me chamava de Cachitos, o que é bem bonitinho. Mas na escola, quando passava aquela novela “Que Rei Sou Eu”, meu apelido era Ravengar. Para quem não lembra ou nem tem idade pra essas coisas, olhe a foto aqui no link. O personagem do Abujamra ostentava um cabelo beeem estranho. Injustiça com meus cachos tão bem cuidados! (Ok, na época só quando a minha mãe pagava seus pecados aqui na minha juba).

Mas escola é uma coisa, né? Crianças são pequenos hitlerzinhos. Maltratam sem dó, nem piedade. Sendo assim, também já fui o Biro-biro. Deus o livre ser reconhecida como aquele jogador Zé-ruela do “curintia”! Afe! Mas que ele era engraçado, isso era. Aliás, olhem essa foto!

Me fez lembrar, aliás, das infinitas vezes que alguém se referiu ao meu cabelo como “ninho”. De rato, de mafagafo, sei lá do que mais...

Mas dentre as outras dezenas de apelidos que eu já recebi, nenhum me irritou mais do que um que, por sorte, não pegou. Mas durou tempo suficiente para me traumatizar: um feriado inteiro

Estava na 5ª ou 6ª série e felicíssima porque, pela primeira vez na vida fui viajar sem meus pais. Era uma excursão da escola e eu fui com meus “melhores amigos” daquele ano e com “o grande amor da minha vida” daquela semana. Nem lembro o nome do menino, mas eu achava que ia casar com ele. Porém desisti depois daquela viagem (pensando assim, até que foi bom).

Fomos pra um acampamento desses com atividades dia inteiro. Sabe como é, né? A gente parece um bando de idiota brincando o dia todo de “faça o que seu mestre mandar”. Os mestres, no caso, eram os monitores. E, dentre eles, tinha um que se achava o comediante.

Logo numa das primeiras d-i-v-e-r-t-i-d-a-s atividades do feriado, ele soltou a pérola que me torturaria por infindáveis três dias. Assim que me viu chegar, ele disse sorrindo:

“__ Ozo, ozo, ozo, seu cabelo é igual do Bozo”.

E foi então que todos, incluído aí, meu futuro ex-marido, começaram a rir e a me chamar pelo nome do palhaço até o fim do feriado. Sorte minha que nunca liguei para apelidos. E, é sabido que alcunha só pega se você fica bravo. Eu ficava. Mas escondida.

Eu não me preocupo com os apelidos e não ligo pra quem os inventa. Só espero, do fundo do meu coração, que aquele monitor imbecil hoje seja careca e esteja na PQP penteando macaco! Ou palhaços decadentes.

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